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Submetido por Wanda Gruenwald a Seg, 2011-02-07 20:17
Imolar-se em vez de viver no “inferno do impossível”.
 
Na Tunísia, atos desesperados, levantes reprimidos de forma sangrenta.
 
Violências repressivas a assassinas como resposta às manifestações de uma juventude exacerbada, renegada, humilhada, sem futuro e sem esperança.
 
Violências da rua, um espelho oferecido a classes dirigentes despóticas e cruéis, cegas e corruptas!
 
O presidente fugiu... Uma transição política que não deixa de preocupar começou... Rumo a que futuro?
 
Nos, educadores Freinet do mundo inteiro, militantes pedagógicos de mais de trinta países em quatro continentes, portadores da “chama dos valores” da cooperação e da ajuda mútua, da laicidade e da democracia, dos Direitos Humanos e dos Direitos da Criança, ficamos tão afetados e implicados e solidários do povo tunisiano, da sua juventude, compelidos à revolta para reivindicar o acesso de todo humano a a expressar-se, o acesso AA engrenagens da vida social, intelectual, econômica e política...
 
 
Saudamos a coragem dos nossos amigos e asseguramos a eles nosso apoio indefectível.
 
A Associação Tunisiana da escola Moderna- Pedagogia Freinet (ATEM) estava representada no Congresso de Nantes, em 1957, quando foi oficializado o nascimento da federação Internacional dos Movimentos da escola Moderna, antes que seja organizado, em Cartago (Tunísia), um Encontro Internacional dos Educadores Freinet em 1973.
 
Seus membros participaram ativamente da vitalidade pedagógica da escola tunisiana.
 
Apoiamos a vontade legítima dos nossos colegas pedagogos e de toda a sociedade civil tunisiana ao pedirem mais democracia, mais igualdade, mais justiça!
 
Nós que diariamente trabalhamos junto a crianças e famílias, para que tenham acesso ao saber e à cidadanias, estamos convictos de que toda forma autoritária e abusiva impede o desenvolvimento de qualidades propícias ao desenvolvimento da sociedade na qual se vive. É nociva á formação de redes sociais necessárias à resolução dos desafios, beneficia uma minoria em detrimento de uma população acuada a se revoltar, a preferir a morte, menos “perigosa”, menos “insuportável” que a negação absoluta da dignidade humana...
 
Esperamos dos governos de nossos diferentes países um apoio sem falha às aspirações por mais justiça e ao diálogo social com esta população laminada por décadas de silêncio imposto, pela censura, por múltiplas privações...
 
A conquista da democracia, do respeito aos direitos humanos, de condições favoráveis ao desabrochar educacional de todas as crianças e ao respeito dos seus direitos no seio de uma meio-ambiente mais justo e igualitário está no coração dos nossos princípios e dos nossos engajamentos. Constitui a base e o objetivo de um projeto de sociedade fundamentado na dignidade e no respeito.
 
Possam estas convicções que nos religam serem uma força e uma energia para cada um de nós.
 
O CA da FIMEM